A separação dos pais pode ser uma das experiências mais traumáticas na vida de uma criança e afetar a sua saúde mental e emocional. É difícil para a criança entender que seus pais não vão mais viver juntos e muitas vezes ela se sente responsável pelo divórcio. Essa situação pode afetar a vida da criança a longo prazo e é importante que os pais sejam conscientes disso e ajam de maneira estratégica para minimizar o impacto da separação.
Além disso, a separação dos pais pode afetar o comportamento da criança. A criança pode se sentir insegura, ter problemas de autoestima, sentir-se responsável pelo divórcio e ter dificuldades em relacionamentos futuros. Ela também pode apresentar comportamentos agressivos, retraídos ou de isolamento social.
Comunicação aberta e honesta: é importante que os pais conversem com a criança sobre a separação e expliquem a situação de maneira clara e honesta. Os pais devem se certificar de que a criança entende que a separação não é culpa dela e que os pais sempre vão amá-la e que sempre estarão juntos emocionalmente, mesmo separados fisicamente.
Manter a rotina: é importante manter a rotina da criança o máximo possível, mesmo após a separação. Isso inclui horários de refeições, horários de dormir e acordar, atividades extracurriculares e tempo com amigos e com os pais, ainda que em momentos distintos. Essa estabilidade é fundamental para que a separação não gere outros prejuízos desnecessários.
Estabelecer um ambiente seguro: a criança precisa se sentir segura e amada durante e após a separação. Os pais podem criar um ambiente acolhedor e seguro para a criança, um lar calmo e amoroso, com atividades prazerosas e momentos de qualidade juntos.
Cooperação entre os pais: apesar das diferenças como casal é importante que os pais entendam que a criança não tem nada a ver com isso e cooperem entre si para minimizar o impacto da separação na criança. Eles devem buscar acordos sempre priorizando o bem estar da criança e não deles próprios, trabalhando juntos para criar um ambiente e uma rotina segura e amorosa.
Respeito à criança: não discutam na frente da criança. Os problemas dos adultos devem ser discutidos reservadamente. Presenciar discussões entre os pais é um grande gerador de traumas e problemas emocionais para as crianças, com efeitos avassaladores no presente e futuro.
Não critique seu pai ou mãe: As raivas dos adultos não devem ser levadas à criança. Críticas da mãe a respeito do pai ou vice-versa não vai ajudar em nada na resolução dos conflitos entre os adultos mas com certeza trará muitos prejuízos à criança. Altera consideravelmente a imagem e conceito que a criança tem dos seus pais, afetando seus pensamentos, emoções e comportamentos, podendo gerar problemas emocionais consideráveis na relação pai e filho e inclusive em seus próprios relacionamentos amorosos no futuro.
Momentos de qualidade juntos: Estar junto presencialmente mas de olho no celular ou fazendo outra atividade pode ser pior do que não estar junto, pois demonstra a falta de importância da criança para você. No tempo reservado para estarem juntos dedique-se inteiramente à criança, olhe nos olhos, preste atenção a tudo que ele diz e questiona, responda suas dúvidas com responsabilidade e carinho e estabeleça conversas e atividades juntos. Isso demonstra que você se importa com ela e que ela é verdadeiramente importante pra você. Afeta diretamente a sua autoestima e outros fatores emocionais da criança.
Terapia: em alguns casos pode ser necessário buscar ajuda profissional especializada. A terapia pode ajudar a criança (e até os pais) a processar seus sentimentos e emoções relacionados à separação dos pais.
Conclusão